NotíciasBrasilLaudo da PF indica que Bolsonaro precisa de cirurgia de hérnia e envia avaliação ao STF

Laudo da PF indica que Bolsonaro precisa de cirurgia de hérnia e envia avaliação ao STF

Peritos da Polícia Federal confirmam diagnóstico de hérnia inguinal bilateral e recomendam intervenção “o mais breve possível”

| Autor: Redação/Varela Net
Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro |Foto: Isac Nóbrega/PR

Um laudo pericial elaborado pela Polícia Federal (PF) concluiu nesta sexta-feira (19) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral e necessita passar por cirurgia para correção do quadro, conforme documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação técnica integra procedimento determinado pelo magistrado para analisar pedido apresentado pela defesa de Bolsonaro. 

De acordo com a junta médica pericial da PF, após exames e avaliação clínica, o diagnóstico de hérnia foi confirmado e o reparo cirúrgico é recomendado em caráter eletivo — mas “o mais breve possível”, em razão da piora observada no sono, na alimentação e do risco de complicações decorrentes do aumento da pressão intra-abdominal. 

A perícia foi realizada no complexo da Superintendência Regional da PF em Brasília, onde Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado pela condenação na ação penal da trama golpista. A determinação para que a PF efetuasse a avaliação médica partiu de Moraes no início da semana passada, após apresentação de laudos e exames da defesa do ex-mandatário. 

Os peritos também levaram em conta resultados de exames recentes, incluindo ultrassom feito no último domingo (14) que indicaram hérnia inguinal bilateral, reforçando a necessidade de intervenção cirúrgica. A defesa de Bolsonaro havia solicitado autorização para que o procedimento ocorra em ambiente hospitalar fora da prisão, com estimativa de cinco a sete dias de internação. 

Embora o laudo recomende a cirurgia, os peritos não qualificaram a necessidade como urgência médica extrema — ou seja, não classificaram o caso como emergência absoluta — mas enfatizaram que a cirurgia deve ser realizada sem demora dada a evolução do quadro clínico e a refratariedade aos tratamentos instituídos. 

Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes analisar o laudo, ponderar os argumentos da defesa e decidir se autoriza a realização do procedimento, que envolve a saída de Bolsonaro do ambiente prisional para atendimento em hospital. A expectativa é que a decisão ocorra após avaliação integrada de aspectos médicos e procedimentais.

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