"Hoje me arrependo"; General assume autoria do plano para matar Lula e Alexandre de Moraes
O plano ficou conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”

General Mario Fernandes ao lado de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil |Foto: Eduardo Menezes/SECOM
Nesta quinta-feira (24), durante interrogatório ao STF, o general Mario Fernandes assumiu a autoria do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O general ainda afirmou que o plano não passava de um “pensamento digitalizado”.
“Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilado de dados, um pensamento, uma análise de riscos. Esse pensamento digitalizado não foi compartilhado com ninguém”, disse Mario. “Eu garanto, neste momento, que se o meu HD fosse extraído, em nada acrescentaria ao processo. Esse arquivo é absolutamente descontextualizado”, completou.
O material foi apreendido pela Polícia Federal com o general, que foi secretário executivo da Secretária-geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro. Nomeado inicialmente como “Fox_2017.docx”, o arquivo passou a ser chamado de “Punhal Verde e Amarelo” pelo próprio Mario.
Ele está preso desde novembro de 2024 e é réu em ação penal que investiga uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.