Família desiste de cremação de jovem morta em vulcão na Indonésia após caso ser tratado como suspeito
Justiça havia autorizado a cremação, mas corpo foi sepultado para permitir novas perícias

Foto: Reprodução / Redes Sociais
A família de Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair no vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia, desistiu da cremação do corpo. O caso passou a ser classificado como uma “morte suspeita” pelas autoridades brasileiras, segundo informações do jornal O Globo. O velório ocorreu nesta sexta-feira (4), no Cemitério e Crematório Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
"Pedimos ao juiz, por meio da Defensoria Pública, para que a Juliana pudesse ser cremada. Mas o juiz tinha dito não, pois é uma morte suspeita, talvez, não sei se o termo é esse. Então ela teria que ser enterrada caso precisasse fazer uma exumação futura", disse o pai da jovem publicitária, conforme relatado na reportagem.
De acordo com a legislação brasileira, quando uma morte não ocorre de forma natural, a cremação é proibida. A medida evita que eventuais provas periciais sejam destruídas antes da conclusão das investigações e só pode ser autorizada mediante laudo médico com firma reconhecida ou decisão judicial.
Embora a Justiça do Rio de Janeiro tivesse autorizado a cremação um dia antes, a família decidiu pelo sepultamento diante da classificação da morte como suspeita. O corpo de Juliana passou por duas autópsias: uma na Indonésia, que apontou trauma com fraturas, lesões internas e hemorragia intensa — indicando morte cerca de 20 minutos após a queda — e outra no Brasil, realizada na última quarta-feira (2). O resultado desta última deve ser divulgado nos próximos cinco dias e poderá esclarecer detalhes sobre a data e o horário da morte, além de investigar uma possível omissão de socorro.