Dia Mundial do Café: Celebrando o sabor e a tradição

Comemorado na data 14 de abril, o Dia Mundial do Café é uma ocasião que celebra não apenas a bebida energizante que muitos de nós apreciamos diariamente, mas também toda a cultura e história que envolvem essa icônica infusão.

Muitos dizem que o café é de origem africana, mais precisamente da Etiópia, entretanto quem dominou o processo de plantio e preparação do café foram os árabes. As plantas de café receberam o nome de "Kaweh" e a bebida foi denominada como "Kahwah ou Cahue", que significa “força” em árabe. De acordo com registros históricos de 575 d.C indicam o Iêmen (atual Sudoeste da Ásia) foi a primeira região a receber as sementes.

Ao longo dos séculos o café conquistou o mundo, se tornando uma das commodities mais negociadas e consumidas em todo o planeta. O cultivo do café tornou-se uma fonte vital de sustento para milhões de pessoas, influenciando não apenas a economia, mas também as tradições e o estilo de vida em diversas regiões do mundo.

Além do seu impacto econômico, o café desempenha um papel significativo na vida cotidiana de inúmeras pessoas. Seja como uma pausa revigorante pela manhã, um acompanhamento para uma conversa com amigos ou um momento de relaxamento após o trabalho, o café transcende as fronteiras culturais e linguísticas, unindo pessoas de todas as origens em torno de uma xícara.

Desvendando os mitos e verdades sobre o Café

Desde seu impacto na saúde até seus efeitos no meio ambiente, o café desperta uma série de questões que vale a pena examinar mais de perto e descobrirmos os mitos e verdades dessa bebiba tão cultivada no mundo.

Café é viciante e causa dependência?

Mito. Embora o café contenha cafeína, uma substância estimulante, o consumo moderado geralmente não leva à dependência. No entanto, algumas pessoas podem experimentar sintomas de abstinência, como dores de cabeça, se reduzirem abruptamente o consumo de cafeína.

Beber café pode afetar os dentes?

Verdade. Por conta da presença da cafeína, o café pode contribuir com o amarelamento dos dentes, assim como o chocolate e o vinho tinto. Entretanto, isso só ocorre em caso de ingerir grandes quantidades diariamente e, ainda, a longo prazo.

Você pode evitar essa consequência com uma boa higiene dental após consumo, fazer bochecho simples com água já pode ajudar a atenuar esse impacto nos seus dentes

Café prejudica a saúde cardiovascular?

Mito. O café pode aumentar temporariamente a pressão arterial após o consumo, mas estudos recentes sugerem que o consumo moderado de café não está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares. De fato, alguns estudos sugerem que o café pode até ter efeitos benéficos sobre a saúde do coração.

Café ajuda com ressaca?

Verdade. Após o consumo de bebidas alcoólicas em grandes quantidades, é normal sentir desconfortos e enjoos. Uma xícara de café pode ajudar a reduzir os efeitos, pois a cafeína é um estimulante, e pode diminuir a sensação de sonolência e dor de cabeça ocasionadas pela intoxicação alcoólica (ressaca), principalmente se a bebida for adoçada, pois o açúcar é fonte de energia e ajuda o organismo a filtrar o álcool do sangue.

Produção de café no Brasil 

Atualmente o Brasil é responsável por 30% da produção mundial de café e de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo de café no Brasil somou 21,7 milhões de sacas no ano comercial 2022/23 (de novembro a outubro), tendo uma alta de 1,6% em relação ao ciclo anterior, mesomo com preços mais baixos nas gôndolas.

O presidente da Abic, acredita que o consumo de café no Brasil tem condições de manter o ritmo de crescimento de 1% a 2% na nova temporada entre 2023 e 2024.

Na temporada de 2022/23, o consumo de café torrado e moído, que é a principal categoria comercializada no país, atingiu a marca de 20,6 milhões de sacas, registrando um aumento de 1,5% em comparação com o período anterior. Enquanto isso, as vendas de café solúvel totalizaram 1,05 milhão de sacas, o que representou um crescimento de 5,2%.

De acordo com dados fornecidos pela Abic, durante esse período, o consumo per capita de café em grãos no Brasil alcançou a média de 6,40 quilos por habitante/ano, refletindo um incremento de 7,5%. Esse aumento pode ser atribuído, em parte, à base populacional estável conforme indicado pelo IBGE.