Detida pela imigração nos EUA, cineasta brasileira é libertada, diz marido

A cineasta brasileira Bárbara Marques, natural de Vitória (ES), foi libertada na noite da última quinta-feira (16), após quase dois meses de detenção nos Estados Unidos. A informação foi confirmada por seu marido, Tucker May.

Bárbara foi presa em 16 de setembro, durante uma entrevista no escritório do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS), em Los Angeles. O encontro fazia parte do processo de solicitação do green card. Segundo Tucker, tudo transcorria normalmente até que os agentes pediram uma cópia do passaporte de Bárbara. Após ser levada a outra sala, ela não retornou mais.

De acordo com o órgão de imigração dos EUA (ICE), a detenção ocorreu por conta de uma suposta "ausência em uma audiência de regularização de visto em 2019", o que teria gerado uma ordem de deportação contra a cineasta.

A defesa de Bárbara contestou a versão, afirmando que ela entrou legalmente nos Estados Unidos em 2018 com visto de turista e solicitou uma prorrogação do documento. No entanto, a negativa do pedido e a convocação para a audiência não teriam sido recebidas, possivelmente em razão de uma mudança de endereço.

Nos primeiros momentos após a detenção, Tucker conseguiu falar brevemente com a esposa. Segundo ele, Bárbara estava algemada e chorando muito. Em conversas posteriores, ela relatou o impacto emocional do episódio, afirmando estar "aterrorizada com o tratamento que recebeu" dos agentes de imigração.

Bárbara Marques é formada em cinema no Rio de Janeiro e tem uma carreira que inclui atuação, produção e direção. Entre seus principais trabalhos estão os filmes “Dias de Cosme e Damião” (2016), “Cartaxo” (2020) e “PRETAS” (2021).