Defesa de Oruam denuncia perseguição em nova acusação por tentativa de homicídio
Acusação está ligada à operação realizada em sua residência no dia 21 de julho

Foto: Reprodução/Redes sociais
Na última quarta-feira (30), a equipe de comunicação do rapper Oruam se pronunciou oficialmente após a Justiça do Rio de Janeiro aceitar uma denúncia do Ministério Público que o acusa de tentativa de homicídio contra policiais civis. A acusação está ligada à operação realizada em sua residência no dia 21 de julho, que resultou na decretação de sua prisão preventiva.
Por meio de nota, a assessoria do artista classificou a denúncia como “infundada” e argumentou que ela representa uma tentativa de reclassificar fatos já denunciados anteriormente, o que, segundo a equipe, configura uma perseguição pessoal e uma tentativa de criminalização promovida pela mídia. Para os representantes de Oruam, a nova acusação carece de fundamentação sólida e se apoia em suposições.
A defesa também chamou atenção para a falta de provas técnicas que comprovem o envolvimento do cantor no episódio, especialmente no que diz respeito à pedra que supostamente teria sido arremessada contra os policiais. “Não há laudo técnico que assegure, de modo categórico, que a pedra recolhida seja de fato a mesma arremessada pelo acusado”, afirmou a nota.
Outro ponto destacado foi que, segundo a equipe de Oruam, os agentes da polícia civil presentes na ação não estiveram em risco real durante a operação. A alegação é de que não houve ameaça concreta à integridade física dos policiais.
Para os representantes do cantor, o caso ilustra um tratamento desigual e carente de isenção. “Estamos diante de uma construção jurídica e midiática, baseada em suposições e testemunhos frágeis, e não em provas concretas capazes de sustentar uma acusação de tentativa de homicídio qualificada”, frisaram.
A nota também criticou a postura do delegado responsável pelas investigações e fez um apelo ao sistema judicial. “É imprescindível que a racionalidade jurídica prevaleça, evitando-se que a justiça seja conduzida com base em provas concretas, e não por suposições ou narrativas infundadas (...). Que não possa existir uma ‘caça às bruxas’ que já vem ocorrendo há alguns meses pelo mesmo delegado em direção a artistas de realidade periférica”, concluiu o comunicado.