Certidão de óbito do ex-deputado Rubens Paiva é corrigida após sucesso de "Ainda estou aqui"
Agora o documento consta que a morte foi violenta

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A certidão de óbito de Rubens Paiva, ex-deputado federal torturado e morto durante a ditadura militar, foi retificada para reconhecer que sua morte foi violenta e causada pelo Estado brasileiro. A mudança foi feita após uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga o Estado a corrigir os registros de mortos e desaparecidos na ditadura. O novo documento afirma que Paiva foi vítima de perseguição política do regime ditatorial instaurado em 1964.
A filha de Rubens Paiva destacou que a retificação simboliza a luta por justiça de todos os familiares dos mortos e desaparecidos durante a ditadura. "Isso demonstra que as mulheres desses familiares foram as grandes heroínas, Clarisse Herzog, Eunice Paiva, Ana Dias", declarou.
Essa retificação é parte das iniciativas da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) para corrigir as certidões de óbito de 202 mortos durante a ditadura e emitir atestados de óbito para 232 desaparecidos. As famílias receberão os documentos em uma cerimônia de homenagem e pedidos de desculpas pelo Estado.