Calouros são internados em estado grave com sinais de coma alcoólico por trote universitário
Sete estudantes passaram mal e dois estão na UTI

Imagem ilustrativa de bebida alcoólica |Foto: iStock
Dois estudantes foram internados às pressas em estado grave e precisaram ser entubados, com sinais de coma alcoólico, logo após participarem de uma festa com trote universitário no domingo (25).
Segundo denúncias feitas à Polícia Civil, os jovens, por serem calouros, foram forçados a consumir altas quantidades de bebidas alcoólicas e drogas para serem liberados a receberem pulseiras para participar da "Festa dos 100 dias", tradicional evento promovido por universitários da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária da Universidade Estadual Paulista (UNESP), que aconteceria na segunda-feira (26).
Por conta da ingestão das drogas e bebidas, um aluno identificado como Pedro Vinícius Scarpim, de 20 anos, passou bastante mal, tendo quadros de vômitos e convulsões, sendo internado em estado grave em uma UTI da cidade.
Familiares também afirmaram que os jovens foram forçados a comer cebola e alho, como mais uma das formas de conseguirem pulseiras para a festa.
Em entrevista, a comissão da festa negou ter forçado os estudantes a ingerirem bebidas alcoólicas. A advogada organizadora do evento, Valkíria Xavier, confirmou que, embora tenha havido consumo e distribuição de bebidas, os eventuais excessos ocorreram dentro das repúblicas, por responsabilidade dos próprios estudantes.
"Existe o consumo de bebida, lógico, na hora em que eles estão passando com o trio, quando encerra essa passagem, eles também permanecem ali fora, na praça, ficam ali curtindo, o que não houve foi um trote. Quem não bebe tem uma placa bem grande de papelão escrito ‘não bebo’. Tem foto das pessoas com essas placas em todos os eventos que eles fazem justamente para identificarem e não oferecerem bebida", justificou.
Em nota, a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal confirmou a abertura de um procedimento de apuração preliminar para apurar os fatos e os responsáveis.
O caso foi registrado como lesão corporal pela Polícia Civil.