NotíciasBrasilCaíque, ex-goleiro do Vitória, é vítima de racismo durante jogo contra o Criciúma

Caíque, ex-goleiro do Vitória, é vítima de racismo durante jogo contra o Criciúma

Segundo a Polícia Militar, o agressor foi identificado e levado à delegacia

| Autor: Redação / Varela Net

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Caíque, ex-goleiro do Vitória e atualmente jogador do Criciúma, denunciou que foi alvo de ofensas racistas após o empate da sua equipe contra o Brusque, pelo Campeonato Catarinense. O incidente ocorreu no Estádio Augusto Bauer, e conforme a Polícia Militar, o responsável pelos gritos foi identificado, preso em flagrante e conduzido à delegacia.

“Me chamar de frangueiro, beleza. Me chamar de macaco, eu não admito. Tenho orgulho de ser preto”, declarou Caíque ao deixar o campo em Brusque.

O Criciúma emitiu uma nota repudiando o ocorrido, enquanto o Brusque também se manifestou, lamentando o ato discriminatório: "O Brusque repudia, de forma veemente, a prática do racismo, assim como a prática de qualquer outra forma de discriminação, que não podem ser toleradas no esporte ou em qualquer outro espaço da sociedade", afirmou a nota oficial.

O árbitro da partida também registrou o ato criminoso na súmula do jogo.

Confira a nota divulgada pelo Criciúma

O Criciúma Esporte Clube vem a público manifestar seu mais veemente repúdio ao ato de racismo sofrido por nosso goleiro, Caíque, durante a partida contra o Brusque, realizada na noite deste sábado (08/02), no estádio Augusto Bauer, válida pela 8ª rodada do Campeonato Catarinense. O lamentável episódio, protagonizado por um torcedor adversário, fere não apenas os valores do esporte, mas também os princípios básicos de respeito e dignidade humana.

Ressaltamos que o autor da ofensa foi devidamente identificado e detido pela Polícia Militar, reforçando a necessidade de punições exemplares para que casos como esse não voltem a se repetir nos estádios de futebol ou em qualquer outro espaço da sociedade.

Além do episódio de racismo, o Criciúma Esporte Clube lamenta profundamente as ameaças sofridas no local do ocorrido, bem como a situação de vulnerabilidade à qual nossa delegação foi exposta. Tais circunstâncias são inadmissíveis e exigem providências firmes.

Reafirmamos nosso compromisso inegociável com a luta contra o racismo e toda forma de discriminação. O futebol deve ser um ambiente de respeito, inclusão e igualdade, e não de hostilidade e intolerância. Seguiremos firmes na defesa desses valores e na exigência por um esporte mais justo e seguro para todos.
 

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