Advogado João Neto é transferido para presídio comum após prisão por acusação de violência doméstica
O advogado e influenciador estava preso em uma prisão militar em Maceió

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O advogado e influenciador João Francisco de Assis Neto, conhecido como João Neto, foi transferido nesta quinta-feira (17) do presídio militar onde estava detido em Maceió, Alagoas, para um presídio comum. Preso em flagrante na segunda-feira (14) por suspeita de agredir sua companheira em um apartamento no bairro da Jatiúca, o baiano de 47 anos está em uma cela especial, reservada a detentos com ensino superior. A transferência, confirmada após a Justiça de Alagoas converter sua prisão em flagrante para preventiva na terça (15), negando pedido de liberdade durante audiência de custódia.
João Neto, que acumula mais de 2,1 milhões de seguidores no Instagram com o bordão “no coco e no relógio”, foi detido por agentes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit) próximo a um hospital onde a vítima, Andreina Bernardo dos Santos, de 25 anos, recebia atendimento. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram a mulher sangrando no corredor, com um corte profundo no queixo que exigiu três pontos, após ser supostamente empurrada pelo advogado durante uma discussão.
Em depoimento, a vítima, que mantinha união estável com Neto há dois anos, relatou sofrer agressões anteriores, incluindo enforcamentos, chutes e ameaças com arma de fogo. A delegada Ana Luiza, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), instaurou inquérito para apurar o caso, que pode resultar em indiciamento por lesão corporal e violência doméstica.
A defesa de João Neto, composta por advogados como Minghan Chen e Lucas Amorim, nega as acusações, alegando que o incidente foi um “acidente” causado por uma queda em um piso molhado, sem intenção de violência. Em nota, afirmaram confiar na apuração técnica e na presunção de inocência, sustentando que imagens do apartamento comprovariam a versão do advogado. Contudo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou que investiga a conduta de Neto, que pode perder seu registro profissional, e repudiou veementemente qualquer forma de violência contra mulheres. O caso ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo de Neto, no dia 5 de abril, defendendo em um podcast que “existe motivo para homem bater em mulher”, o que intensificou as críticas nas redes sociais.