Advogado do general detido desmente acusação de tentativa de assassinato de Lula
Advogado também refutou qualquer intimidade de Fernandes com o ex-presidente Bolsonaro
Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo
Marcos Vinícius Figueiredo, advogado do general Mário Fernandes, contestou as acusações de que seu cliente teria planejado um golpe de Estado ou a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Em entrevista à GloboNews, Figueiredo destacou que o suposto plano existia apenas em formato virtual e que não foram encontradas versões impressas durante a investigação.
"E se ele não tivesse sido encontrado?", questionou ele.
O advogado também refutou qualquer intimidade de Fernandes com o ex-presidente Bolsonaro e disse que não teve acesso à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, nem ao material apreendido pela Polícia Federal.
O general Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, também atuou como assessor do ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).
De acordo com a Polícia Federal, Fernandes teria sido o responsável por elaborar um plano para prender ou eliminar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
“A investigação, mediante diligências probatórias, identificou que o documento contendo o planejamento operacional denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’ foi impresso pelo investigado Mário Fernandes no Palácio do Planalto, no dia 09/11/2022 e posteriormente levado até o Palácio do Alvorada, local de residência do [então] presidente da República, Jair Bolsonaro”.