Adolescentes são investigados após postar vídeo pulando por cima de jovem com nanismo
Vídeo viralizado nas redes sociais mostra um dos jovens saltando sobre a estudante de 15 anos

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, abriu uma investigação para apurar a conduta de um grupo de adolescentes que realizou uma brincadeira de mau gosto contra Caroline Queiroz, uma estudante de 15 anos com nanismo. O incidente, ocorrido na Avenida Jornalista Francisco Alberto Torres, em Icaraí, foi registrado em vídeo por um dos envolvidos e amplamente divulgado nas redes sociais, gerando indignação. No registro, um dos jovens é visto saltando por cima de Caroline enquanto ela caminhava, alheia à ação, acompanhado por risadas do grupo.
Caroline relatou que já havia percebido a presença dos adolescentes atrás dela, rindo, mas não imaginava que seria alvo de tal atitude. “Eu estava andando, já tinha percebido que eles estavam atrás de mim, rindo. Eu nunca ia imaginar que esse tipo de coisa ia acontecer”, desabafou a jovem em entrevista. A estudante classificou o ato como desrespeitoso, destacando o impacto emocional da exposição pública de uma situação que considera uma “brincadeira idiota”. O caso ganhou repercussão após o vídeo viralizar, levantando debates sobre bullying e respeito à diversidade.
A investigação está a cargo da 77ª Delegacia de Polícia, em Icaraí, que busca identificar os adolescentes envolvidos e determinar as circunstâncias do ocorrido. Segundo informações preliminares, o grupo seria formado por jovens da região, e a polícia analisa o vídeo como prova principal, além de coletar depoimentos de testemunhas e da própria vítima. A divulgação do material nas redes sociais também pode configurar agravante, uma vez que expôs Caroline a constrangimento público, o que pode enquadrar o caso em crimes como injúria ou difamação, dependendo da apuração.
A família de Caroline registrou uma ocorrência policial e cobra medidas contra os responsáveis, enquanto a sociedade local manifesta apoio à adolescente. Organizações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência já se pronunciaram, pedindo que o episódio sirva de exemplo para coibir práticas de discriminação e violência simbólica. A Polícia Civil segue com as diligências, e os adolescentes identificados podem responder por ato infracional, caso sejam menores de idade.