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A alta incidência de casos de queimaduras por fogos de artifícios

Brasil registrou um aumento de 25% nos casos de queimaduras durante o mês de junho em comparação ao mesmo período do ano anterior

| Autor: Redação

Foto: Flickr/Julieet the french girl

O período junino traz consigo um aumento significativo no número de acidentes relacionados ao uso de fogos de artifício. Todos os anos, hospitais e Unidades de Pronto Atendimentos (UPA) registram um aumento considerável de pacientes, sendo em sua maioria crianças e adolescentes, vítimas de queimaduras de diversos graus diferentes.
  
As festas juninas são caracterizadas por quadrilhas, fogueiras e, especialmente, pelo uso de fogos de artifício. Porém, o manuseio indevido desses explosivos é uma das principais causas de acidentes no período de Junho. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2023, o Brasil registrou um aumento de 25% nos casos de queimaduras durante o mês de junho em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A médica dermatologista, Karla Rebouças, detalha que os tipos mais comuns de queimaduras causadas por fogos de artifício durante as festas juninas são as de mãos e face “É comum que ocorram bolhas no local da queimadura e é necessário redobrar os cuidados quando se trata de fogos mais potentes, pois há relatos frequentes de lesões auditivas, respiratórias, visuais e até mesmo de mutilação de membros.”

Em entrevista, a profissional da saúde destaca que todas as queimaduras necessitam de avaliação e cuidados médicos, porém haverá uma necessidade maior quando houverem casos com bolhas e quando maior for a extensão do corpo lesionada pela queimadura. Pois haverá uma urgência maior de hospitalização pra cuidados médicos.

 Além das medidas de primeiros socorros, a médica orienta o que se deve fazer de forma imediata após uma queimadura por fogos “É importante lavar o local da queimadura com água em temperatura ambiente por cerca de 15 a 20 minutos e não aplicar nenhum tipo de receita caseira ou pomada no local.”

Com um aumento de casos referentes ao uso inadequado dos fogos de artifício no Brasil, abre-se um alerta para o fornecimento do material dentro da sociedade. A facilidade com que esses produtos são adquiridos, muitas vezes sem a devida fiscalização e controle, coloca em risco a segurança da população.

Na Bahia, a tradicional guerra de espadas, que ocorre durante os festejos juninos, é um exemplo prático dos desafios associados ao uso de fogos de artifício. Esse evento, que é muito comum na cidade de Cruz das Almas é caracterizado pelo lançamento de espadas de fogo, essa prática envolve riscos consideráveis tanto para os participantes quanto para os espectadores.
 
Drª Karla destaca que comprar fogos apenas em locais autorizados, para saber a procedência e segurança do dispositivo é um do primeiros passos que uma pessoa pode fazer para minimizar os riscos de queimaduras.

“Nunca soltar rojão segurando diretamente na mão e manter o mais distante possível do rosto. Direcionar sempre evitando locais de circulação de pessoas. Evitar fogos próximo a fios de eletricidade.”, orienta a médica dermatologista.

 

Dra. Karla Rebouças
Médica Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
CRM: 23.551
 

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