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Professora da Faculdade de Direito da UFBA é xingada durante reunião

Advogada criminalista há mais de 20 anos, Juliana afirmou que as medidas já estão sendo tomadas

| Autor: Redação - Varela Net
Professora da Faculdade de Direito da UFBA é xingada durante reunião

Foto: Reprodução

Identificada como Juliana Damasceno, a vice-coordenadora o curso de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirma ter sido vítima de misoginia no dia 06 de outubro. Caso teria acontecido durante reunião extraordinária da Congregação da Faculdade de Direito da UFBA. Segundo Juliana, ela foi chamada de "vadia".

Na visão da advogada, as ofensas vieram do presidente do Centro Acadêmico Ruy Barbosa, espécie de entidade representativa dos discentes, Pedro Maciel São Paulo Paixão. Ofendida por três vezes, o momento veio em meio a um debate sobre uma questão de ordem em processo eleitoral interno. 

Advogada criminalista há 20 anos, Juliana esclareceu que o ataque tinha um movimento claro por trás: o preconceito com o sexo feminino, se classificando como um ato misógino. “Por razões da condição do meu sexo feminino e também do exercício das minhas funções administrativas de natureza pública." 

Ainda na continuação, a advogada confirmou que todas as providências legais já foram tomadas, afirmando confiar na atuação das autoridades. Além disso, Juliana reforçou o problema da manutenção da herança patriarcal.

“Essas gravíssimas ofensas carregam o ranço da cultura patriarcal, que nega a legitimidade da presença feminina em posições de representação e hostilizam todas as mulheres que lutam por reconhecimento, respeito e igualdade dentro da academia”, escreveu.

A professora informou que as providências legais já estão sendo tomadas e disse confiar na atuação das autoridades públicas para investigar o caso. Segundo ela, o episódio representa mais do que uma ofensa pessoal: “Essa luta não é personalista, porque viver é coletivo. É dever de todos o compromisso com a ruptura do silêncio contra a violência de gênero e o silenciamento feminino”.

Por meio de uma nota oficial, a Faculdade de Direito da UFBA reforçou que a ofensa já foi registrada oficialmente, seguindo as normas da Controladoria-Geral da União (Portaria Normativa CGU nº 116/2024). A instituição também reforçou que a professora recebeu apoio dos outros colegas presentes na reunião.

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