O mestre da comunicação na Bahia: 77 anos de um legado inesquecível

Hoje, 30 de novembro, Raimundo Varela, um dos maiores ícones da comunicação baiana e brasileira, estaria completando 77 anos. Apesar de sua partida em setembro de 2023, seu nome e sua obra continuam vivos na memória de sua família, especialmente de sua esposa e filha, de seus amigos e de toda a Bahia, que celebra a lembrança de Raimundo Varela Freire Júnior, carinhosamente chamado de "Seu Varela" pelos telespectadores fiéis que acompanhavam seu trabalho diariamente.

 

Um ícone do jornalismo baiano e brasileiro

Raimundo Varela transformou a comunicação no Brasil e marcou a história do jornalismo na Bahia. Com o bordão marcante “Aqui você encontra jornalismo de verdade”, construiu um legado que o tornou um ídolo entre comunicólogos e um nome inesquecível na rotina dos baianos, especialmente nas manhãs.

 

Trajetória de superação e pioneirismo

Nascido em 30 de novembro de 1947, em Itabuna, no interior da Bahia, Raimundo mudou-se jovem para Salvador, onde residiu no bairro de Periperi, no subúrbio. Antes de ingressar na comunicação, teve uma vida multifacetada: foi operário em uma fábrica de cimento no CIA, diretor de um clube social na Cidade Baixa e jogador de futebol, com passagens pelos times Leônico e Ypiranga. Essas experiências contribuíram para moldar sua personalidade e abriram caminhos para sua atuação como comunicador.

 

O início na comunicação

A carreira de Varela na comunicação começou na TV Itapoan, como jurado no programa de Waldir Serrão. Seu talento chamou a atenção do diretor, que o convidou para ser comentarista esportivo no programa “O Papo de Bola”, utilizando sua experiência como ex-jogador. Posteriormente, Varela se tornou âncora do programa “Telesporte”, ao lado de Fernando José. A parceria foi tão bem-sucedida que, em 1980, eles passaram a comandar “O Povo na TV”.

Sempre com o objetivo de estar mais próximo da população, Varela e Fernando José assumiram o comando de “O Balanço Geral”, o programa que consolidou seu nome em toda a Bahia. Exibido na TV Itapoan e na Rádio Sociedade da Bahia, tornou-se um dos marcos de sua carreira.

 

Desafios e consagração

Após desentendimentos com a direção da TV Itapoan em 1990, Varela migrou para a TV Bandeirantes Bahia, onde apresentou o programa “Jogo Aberto”, fortalecendo sua ligação com o esporte. Com a aquisição da TV Itapoan pela Record, em 1997, Varela retornou à emissora e reviveu o Balanço Geral, que ficou conhecido como “a ouvidoria do povo”.

 

Marcas inesquecíveis

Os lendários cartões verde e vermelho, aliados à emblemática batida na mesa, tornaram-se símbolos de Varela, emocionando gerações de jovens, adultos e idosos que o acompanhavam.

Raimundo Varela deixa um legado imensurável. Sua dedicação, autenticidade e compromisso com a verdade continuarão sendo lembrados como pilares de sua vida e obra. Hoje, celebramos não apenas seu aniversário, mas também a memória de um mestre da comunicação que marcou a história e os corações da Bahia e do Brasil.

ra. Sob nova direção, ele relançou O Balanço Geral, conhecido como “a ouvidoria do povo”, consolidando ainda mais sua conexão com a audiência baiana.

 

Momentos icônicos

Os famosos cartões verde e vermelho e sua emblemática batida na mesa se tornaram marcas registradas de Varela, deixando uma impressão inesquecível em gerações que acompanhavam seu trabalho.

Em 2006, ele enfrentou um grande desafio de saúde, precisando ser submetido a dois transplantes, de fígado e rim, durante uma internação no Hospital Aliança, em Salvador. Mesmo durante a pandemia, Varela se manteve ativo, apresentando O Balanço Geral de forma remota, enquanto Pedro Sento Sé assumia o estúdio.

A trajetória de Raimundo Varela é uma inspiradora combinação de determinação, versatilidade e paixão por servir ao público, deixando um legado inesquecível para a comunicação baiana e brasileira.