Médicos de cinco hospitais estaduais da Bahia entrarão em greve nesta semana
Paralisação está prevista para começar a partir de quinta-feira (31)

O Hospital Geral do Estado (HGE) será um dos afetados pela paralisação |Foto: Thallysson Alves/Ascom HGE
O perfil oficial do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) no Instagram anunciou, neste sábado (26), que os profissionais que atuam em hospitais estaduais entrarão em greve a partir de quinta-feira (31). A greve foi definida em assembleia convocada pelo sindicato no dia 24 de julho.
"Diante da frustração nas negociações com o Governo do Estado, foi deliberado, por unanimidade, que haverá, nas aludidas unidades, restrição de atendimentos das fichas verdes e azuis, bem como dos procedimentos eletivos. As comunicações estão sendo feitas dentro do prazo estabelecido no ordenamento jurídico", diz a nota oficial.
A paralisação acontece em apoio aos médicos que estão sendo demitidos dos vínculos celetistas com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). Estima-se que mais de 500 médicos que atendem nas unidades de saúde vão perder seus contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) até o dia 31 deste mês, após o fim do contrato com o INTS, que era de oito anos.
A partir de agosto, os profissionais estarão sujeitos à contratação via PJ, que não oferece benefícios como 13º salário e licença-maternidade, por exemplo.
O fim do contrato entre a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o INTS impacta os contratos de médicos das seguintes unidades de saúde:
- Hospital Geral do Estado (HGE);
- Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA);
- Maternidade Albert Sabin (MAS);
- Maternidade Tsylla Balbino (MTB);
- Hospital Geral Roberto Santos (HGRS).
Todas essas unidades são de alta complexidade e recebem pacientes de todo o estado, realizando juntos mais de 82 mil atendimentos por ano.