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"Ela não se sentiu à vontade por ele ser homem", diz defesa de gestante

Obstetra afirmou ter sido alvo de insultos homofóbicos após atendimento a uma gestante no Hospital da Mulher de Feira de Santana

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Instagram

O advogado de defesa da gestante investigada por praticar homofobia contra um médico gay, no Hospital da Mulher, em Feira de Santana declarou que a paciente recusou o atendimento pelo fato de o médico ser homem, e não pela orientação sexual. As informações são do g1. 

"Ela se negou a ser atendida pelo médico não pela questão da opção sexual. Ela não se sentiu à vontade por ele ser homem, por isso que ela se negou a ser atendida. Ela foi afrontada de alguma maneira para ser atendida pelo profissional. Desde a época que ela fazia o tratamento ginecológico, ela nunca foi atendida por homem.", afirmou Armênio Seixas. "Ela estava passando por um momento em que a mulher tem que ser acolhida e ela foi desrespeitada para ser atendida por um médico".

O caso está sendo investigado pela delegacia da cidade. 

A conduta foi extremamente desnecessária. Assim que formos convocados e intimados, vamos comparecer à delegacia. Em contrapartida, vamos registrar boletim de ocorrência, e também vamos procurar o Conselho Regional de Medicina para tomar as medidas cabíveis", acrescentou o advogado de defesa da gestante. 

No último domingo (4), o doutor Phelipe Balbi Martins, obstetra da unidade, afirmou ter sido alvo de insultos homofóbicos após atendimento a uma gestante no Hospital da Mulher de Feira de Santana. Ele relatou detalhes do ataque por meio de um vídeo publicado em uma rede social.

De acordo com Phelipe, após ouvir os insultos, ele a alertou a paciente que suas palavras se caracterizam crime de homofobia, além de desacato a funcionário público no exercício de profissão.

 Depois de ir à delegacia para registrar o caso, outro obstetra do hospital, colega do doutor Phelipe, atendeu a mulher grávida enquanto estava de maquiagem e peruca. 

Armênio, o advogado de defesa, disse ainda que vai adotar medidas contra os dois médicos: o que fez o relato da ofensa homofóbica, e o que usou uma peruca para fazer o atendimento da paciente.

Francisco Mota, o diretor da unidade de saúde, afirmou que "o hospital entende que não há dúvida do caso de homofobia, tanto que, quando acionado, eu orientei o médico de que fosse à delegacia para registrar a queixa. Agora cabe à polícia investigar e à Justiça julgar, se for o caso. Não há nenhuma falha ética no atendimento do colega ela. Em nenhum momento ofendeu a paciente".
 
 

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