Deputado Adolfo Menezes critica imunidade parlamentar em caso "Binho Galinha"
Presidente da AL-BA condena imunidade parlamentar que impede prisão de Binho Galinha, alvo da Operação El Patron, destacando papel do Congresso Nacional na legislação penal
Foto: Sandra Travassos
Durante as celebrações pela Independência do Brasil na Bahia, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Menezes (PSD), fez duras críticas à imunidade parlamentar que, segundo ele, impede a prisão do deputado estadual Binho Galinha (PRD), suspeito de envolvimento na Operação El Patron. A operação investiga uma organização criminosa envolvida em lavagem de capitais e outras infrações em Feira de Santana e região.
"Mais uma vez, vemos uma situação errada no Congresso Nacional. A imunidade parlamentar deveria proteger contra acusações menores, não justificar crimes graves como os que vemos, como o caso do Brazão no Rio de Janeiro. Aqui na Bahia, nosso colega Binho não está preso por causa da Assembleia. Crimes dessa gravidade deveriam ser tratados diretamente pela Justiça", criticou Adolfo Menezes.
O deputado lamentou a dependência do poder legislativo para questões judiciais de tamanha seriedade, citando o precedente recente com o Supremo Tribunal Federal e o referendo da prisão de políticos. Ele defendeu uma revisão na legislação para casos como este, onde a Assembleia decide sobre a liberdade de seus membros.
"Estamos diante de uma situação que clama por reforma. Não podemos permitir que a imunidade parlamentar se torne um escudo para crimes tão graves. É um momento para o Congresso Nacional repensar seu papel na garantia da justiça e da integridade legislativa", concluiu Adolfo Menezes, reafirmando seu posicionamento em favor de uma justiça mais direta e transparente para casos de corrupção e criminalidade entre políticos.
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