Almacen Pepe alerta clientes sobre aumento de preços após reajuste de ICMS
Tributação de bebidas alcoólicas, exceto cervejas, chegou a 27%
Foto: Divulgação
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de produtos de mercearia, laticínios, congelados, frios e fatiados, aumentou de 4% para 20,5% e ampliou para 27% a tributação de bebidas alcoólicas, exceto cervejas.
O setor de padarias e delicatessen enfrenta um momento de incerteza com o aumento, o que pode refletir no bolso dos consumidores. O Almacen Pepe emitiu um comunicado aos colaboradores informando o aumento no preço dos produtos. A nota vazou para o público geral.
Segundo o empreendimento, por conta do reajuste, o preço será repassado ao consumidor final. “Infelizmente, devido ao expressivo aumento da carga tributária, no setor de padarias e delicatessen, tornou-se cada vez mais desafiador para nós, do Almacen Pepe, mantermos nossos preços competitivos”.
"Esperamos que compreendam a atual situação, imposta pelo governo do estado, caso haja questionamento de algum cliente ou consumidor fiel em nossas lojas", finaliza trecho de comunicado da Almacen Pepe.
Por meio de nota, a Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz) negou o aumento.
“A Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA) esclarece que o benefício fiscal de redução do ICMS para 4%, destinado ao setor de delicatessens, continua em vigor, tendo sido preservados os critérios e objetivos para os quais este regime foi criado, ou seja, o incentivo à comercialização de itens alimentícios de fabricação própria”. inicia o comunicado.
A pasta reconhece que mudanças ocorreram na tributação. "A alteração retirou a possibilidade de redução da carga tributária para produtos como vinhos, whiskies, queijos, frios e fatiados e outros itens, em especial alimentícios importados, comercializados por estes estabelecimentos. Ao pagar menos imposto para produtos sobre os quais outros estabelecimentos são tributados pelo ICMS padrão de 20,5%, as delicatessens de grande porte vinham obtendo vantagem sobre a concorrência. O objetivo da medida, portanto, é garantir a isonomia tributária”.
A equipe do Varela Net tentou entrar em contato com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia (Sintrapan) até o fechamento da matéria e não obteve resposta.