Neymar irá ao tribunal por suposta fraude em venda para o Barcelona, diz jornal
Atacante será julgado um mês antes da Copa do Mundo
Foto: Divulgação/PSG
A venda do craque Neymar do Santos para o Barcelona, em 2013, fará o jogador brasileiro a ser julgado, faltando apenas um mês antes da Copa do Mundo no Catar. Conforme o "El País", o atacante irá ao tribunal no dia 17 de outubro, em Barcelona. Ele, seus pais e ex-presidentes do Barça e do Peixe são acusados de fraude e corrupção. O Mundial de 2022 será iniciado em 21 de novembro.
Segundo o jornal espanhol, a promotoria entende que, em 2011, Neymar assinou "contratos simulados com o Barça, ignorando que os direitos do jogador pertenciam ao Santos e à DIS, grupo de empresários". Por conta disso, pede dois anos de prisão para o astro do PSG, e ainda o pagamento de uma multa no valor de 10 milhões de euros (R$ 54,2 milhões). A solitição da DIS é de cinco anos de prisão para o atleta, além da proibição de jogar futebol profissionalmente pelo mesmo período.
O caso teve início após uma denúncia apresentada pela DIS, empresa que detinha parte dos direitos federativos do astro da seleção brasileira e alega ter sido prejudicada na transferência do jogador para o Barça. A empresa alega que um contrato de 40 milhões de euros foi assinado entre Neymar e o Barcelona sem o conhecimento deles. Com isso, as partes envolvidas teriam quebrado as regras de livre concorrência no mercado de transferências.
O processo passou do Tribunal Superior Nacional da Espanha para o Tribunal Superior de Barcelona e está em tramitação já há sete anos, desde a denúncia da DIS. A empresa ainda requisita uma indenização de 150 milhões de euros (R$ 813 milhões). Serão realizadas sete sessões para resolver o caso até o dia 31 de outubro.
Além do craque da Seleção Brasileira, estarão em julgamento como acusados seus pais, Neymar e Nadine, o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues e os ex-presidentes do Barcelona Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell. O Barça ainda aparece no processo como pessoa jurídica acusada, a quem a promotoria pede pagamento de multa de 8,4 milhões de euros (R$ 45,5 milhões).